Exercício disfuncional, também conhecido como exercício compulsivo, excessivo ou overtraining, é uma prática prejudicial que afeta muitas pessoas que lutam com transtornos alimentares. Ocorre quando o indivíduo impõe seu corpo a um estresse maior do que ele suporta, combinado com o desejo ou necessidade do treinamento físico. Sendo assim, resulta em comportamento excessivo incontrolável de exercício com consequências nocivas como lesões e relações sociais prejudicadas.
Traz vários resultados negativos para saúde, pois a pessoa tende a manter a rotina de exercícios apesar de lesões e outras complicações médicas. São comuns infecções frequentes, pulsação/frequência cardíaca elevada em repouso, dor muscular crônica, dor articular, perda da densidade óssea, alteração do ciclo menstrual nas mulheres, tríade da mulher atleta (transtorno alimentar, amenorreia e osteoporose) e letargia.
Os sinais e sintomas são físicos e psicológicos, incluindo usar o exercício como forma purgação (eliminar ou queimar calorias), exercício como permissão para comer, sentimentos de culpa e/ ou angústia se não for possível se exercitar, ansiedade e depressão, irritabilidade, dor de cabeça, desidratação e insônia.
As compulsões por exercícios geralmente ocorrem em conjunto com outras questões e a ajuda profissional consiste em auxiliar o paciente na avaliação de seus comportamentos e ressignificar o exercício. É necessário a percepção de influências internas e externas que levaram a obsessão. Se você se identifica ou tem histórico de exercícios compulsivos, procure ajuda.